sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Feliz Natal!!!

Londres agora está mais florida! A mais bela de todas está por lá...
Por aqui está tudo ótimo, na espera por um ano novo daqueles ao lado de dois incríveis malucos...
Seus mosqueteiros te esperam por aqui...como sempre de sorriso no rosto, de abraços abertos e com muita vontade de ter você de volta...
Curta muito!
beijo no seu coração!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

London Express

Salut, meus mosqueteiros queridos!!!
Ja instalada em Londres, posso dar minhas impressoes, seguidas das minhas ja saudades...na proxima precisamos vir juntos, tudo aqui tem muito cara de mosqueteiros.
Aqui tem frio e milhares de galerias de arte e lojas descoladas e restaurantes modernetes (tem um que vc sobe no cipo para chegar na mesa).
Hoje vai ter ceia de Natal aqui em casa, made by me, com direito a Veuve Clicot e tudo mais. Puro chique, para compensar a distancia de casa.
No aviao vim ouvindo uma musica da Madeleine Peyroux que dizia assim "if you think time'll change your ways, don't wait too long". Acho que era meio isso que eu queria dizer para vcs nesses dias. Ser feliz agora!! Imperativamente.
Bom, agora vou sair, quem sabe eu encontro a Madonna na rua...rsrsrs

Feliz Natal, meus amores!!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Natal e o Oba Oba

Outro dia estava lendo uma carta que uma menininha de 8 anos mandou para o The Sun, há mais de 100 anos. Ela perguntava aos editores do jornal se era verdade que o Papai Noel existe. Segundo essa menina, os amigos dela da escola começaram a falar que o Papai Noel era uma farsa e que o pai dela a orientou a pesquisar no jornal, porque "se o The Sun escrever é porque é verdade".
O editor do jornal respondeu a carta e o jornal a publicou todos os anos, até o jornal fechar. Na resposta dizia que quem não acredita em Papai Noel é porque se deixou levar pelo ceticismo e pelas coisas feias do mundo. Que ele existe em cada sorriso de cada pessoa, em cada abraço carinhoso, em cada palavra de amor. E que não é porque a gente não o vê que ele não está lá.
Fiquei pensando o que eu queria para esse Natal. Acho que queria recuperar essa crença no mundo mágico e bonito, onde, pelo menos uma vez no ano, a gente se abraça e deixa os problemas e diferenças de lado. Onde a gente sorri só por sorrir, só por estar junto.
Quando eu era criança minha avó contratava um Paipai Noel que se chamava Oba Oba para ir na noite de Natal distribuir os presentes. Aquele momento da chegada do Oba Oba sempre foi para nós um momento mágico. Depois a gente cresceu, minha avó morreu, o Oba Oba morreu, e nós nunca mais tivemos um Natal mágico como aqueles.
Esse ano eu queria recuperar o espírito do Natal que todo ano entrava em casa, pontualmete as nove da noite do dia 24 de dezembro. E queria acreditar, de novo, que tem muita coisa linda nesse mundo, por que vale a pena sorrir e ser feliz.
Espero que nesse ano o Oba Oba passe na casa dos meus mosqueteiros.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Insone

Cinco e meia da manhã e milhões de coisas rodopiando na minha cabeça. Entre tantas coisas urgentes que não têm a menor importância, de novo roubando meu sono e me despertando do meu mundo impalpável tão doce, vim procurar alento aqui.
Pensei nos meus mosqueteiros como meu porto seguro, meu lugarzinho de voltar para o mundo impalpável. Meu espacinho de me indignar com as atrocidades da vida, como o dia que meu amigo chorou.
Tem alguns dias que eu quero pegar a espada da Beatrix, do Kill Bill, e sair degolando todo mundo que machuque a gente.
Hoje não.
Hoje eu só queria ficar aqui nessa paz que vcs me trazem mais um pouquinho. Mais Alice que Beatrix, nesse lugarzinho do outro lado do espelho.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Mais um pouco...Saudade, Clarice Lispector

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

Medo da Eternidade, Clarice Lispector

Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:- Como não acaba? - Parei um instante na rua, perplexa.- Não acaba nunca, e pronto.- Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar conta.- Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.- E agora que é que eu faço? - Perguntei para não errar no ritual que certamente deveira haver.- Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.- Perder a eternidade? Nunca.O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.- Acabou-se o docinho. E agora?- Agora mastigue para sempre.Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da idéia de eternidade ou de infinito.Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.Até que não suportei mais, e, atrevessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.- Olha só o que me aconteceu! - Disse eu em fingidos espanto e tristeza. - Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!- Já lhe disse - repetiu minha irmã - que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra na boca por acaso.Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Mais Madeleine

http://www.youtube.com/watch?v=Pl-cVgAU8K8

Smile - Charles Chaplin

para os meus mosqueteiros

"Smile,Tough your heart is aching
Smile,
Even though it's breaking,
When there are clouds in the sky, you'll get by
If you smile
Through your fears and sorrow, smile
And maybe tomorrow
You'll see the sun come shining through for you.
Light up your face with gladness,
Hide ev'ry trace of sadness,
Altho' a tear may be ever so near,
That's the time you must keep on trying,
Smile,
What's the use of crying,
You'll find that life is still worhwhile,
If you just smile."

Smile

Quando eu era criança um dia cismei de tocar órgão. Meio sem querer, porque meu pai me deu um teclado de presente e ele chamava aquilo de órgão. Só sei que me matriculei no conservatório e acabei tomando gosto por aquele monstro tão doce de dois andares.
A única música que eu sabia tocar era Smile. E foi com ela que eu fiz a minha primeira e única audição. Meu pai e minha tia Martha na primeira fila com os olhos cheios de lágrimas.
Um dia meu pai me deu uma fita com o Nat King Cole cantando Smile. Não gostei, apesar de ter achado a letra bonita achei que ela encobria o piano, que era supremo para mim. Nesse dia a minha professora que chorou de emoção.
Isso tudo já faz muito tempo, e eu tinha até me esquecido. Até que hoje a noite, e bem no momento que tudo parecia cheio de desesperança, a Madeleine Peyroux sobe no palco e começa o Smile. Era como se meu pai estivesse do meu lado me pedindo para não deixar a peteca cair. Lembrei das aulas de órgão, da minha audição, do piano da casa do meu avô, do meu pai. Desta vez fui eu quem chorei. Um pouco de saudades. Um pouco porque me lembrei de como é bom sorrir.

http://www.youtube.com/watch?v=X-o4Tz7C88s

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sobre os caminhos que escolhemos e os perigos de andar por ai

Eu escolho não ir por aí. Já não posso mais me levar pelo vento que sopra não sei para onde e me entregar a bandeiras que não entendo bem o porquê. Há tantos perigos lá fora e há momentos em que não se pode julgar destemido.
E, em alguns momentos, antes de seguir, é preciso parar para indagar.
Mais do que ter as respostas é saber fazer as perguntas. E saber aonde e a quem perguntar.
Perder-se é fácil. Mais ainda perder nossa alma, nos devaneios dos que julgam todos os caminhos conhecer. Ou apontam fórmulas para os caminhos mais fáceis.
O caminho mais certo é aquele que se esconde sob o sol. E não há respostas para aquele que não souber perguntar.
E talvez o fundamental não seja o caminho, mas o caminhar. Não o que vai chegar, mas a trilha traçada.
No fim, a única coisa que importa é manter os pés no chão e os olhos no horizonte. Assim, quando anoitecer, nossos caminhos poderão ser iluminados pelas estrelas.

Vamos, mosqueteiros, de mãos dadas, amparados pelo sol e guiados pelas estrelas.

domingo, 23 de novembro de 2008

Pensando...

Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu.Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias.Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar.Onde leva? Não perguntes, segue-o! Nietzsche

Pensando...

"Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira."
Cecília Meireles

sábado, 15 de novembro de 2008

A kick in the teeth

Fischerspooner - A kick in the teeth:
http://www.youtube.com/watch?v=QdLAhLqItwQ (versão album)
http://www.youtube.com/watch?v=FkSRwySbW-Q (versão ao vivo)

Volta e meia a letra dessa música me vem a cabeça:

"Sawing,
With my jaw tooth down.

Guarded,
Down upside frown.

I‘m, I‘m looking for a pill,
Something to ease my will,
A kick in the teeth.

You, You may not realize,
When it‘s done or why,
But it may be the best thing, it may be the best thing.
Ohhhhhhhhhhhh and it may be the best thing.

Pulsing,
With a familiar pain.

A comfort,
From this disdain.
Grind away.

I‘m, I‘m looking for a thrill,
Something to ease my will,

You, You may not realize,
When it‘s done or why,

But it may be the best thing, it may be the best thing.
Ohhhhhhhhhhhh and it may be the best thing."

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ah, se eu fosse mosqueteiro...

Procura-se mosqueteiro substituto por motivo de deserção e abandono de lares...

Mosqueteiros abandonados garantem examinar as propostas com carinho e receber novos mosqueteiros de braços abertos.

(estamos desfalcados)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Poesia...

Sou Eu

Sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo, Espécie de acessório ou sobressalente próprio, Arredores irregulares da minha emoção sincera, Sou eu aqui em mim, sou eu.
Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou. Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma. Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.
E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco inconseqüente, Como de um sonho formado sobre realidades mistas, De me ter deixado, a mim, num banco de carro elétrico, Para ser encontrado pelo acaso de quem se lhe ir sentar em cima.
E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco longínqua, Como de um sonho que se quer lembrar na penumbra a que se acorda, De haver melhor em mim do que eu.
Sim, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco dolorosa, Como de um acordar sem sonhos para um dia de muitos credores, De haver falhado tudo como tropeçar no capacho, De haver embrulhado tudo como a mala sem as escovas, De haver substituído qualquer coisa a mim algures na vida.
Baste! É a impressão um tanto ou quanto metafísica, Como o sol pela última vez sobre a janela da casa a abandonar, De que mais vale ser criança que querer compreender o mundo — A impressão de pão com manteiga e brinquedos De um grande sossego sem Jardins de Prosérpina, De uma boa-vontade para com a vida encostada de testa à janela, Num ver chover com som lá fora E não as lágrimas mortas de custar a engolir.
Baste, sim baste! Sou eu mesmo, o trocado, O emissário sem carta nem credenciais, O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro, A quem tinem as campainhas da cabeça Como chocalhos pequenos de uma servidão em cima.
Sou eu mesmo, a charada sincopada Que ninguém da roda decifra nos serões de província.
Sou eu mesmo, que remédio! ...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

quitely

Tenho tentado evitar o silencio tão desesperadamente e ele me persegue, como se dissesse bem alto, por favor me escute.
Hoje estou incomunicável. E por mais que lutei contra isso, tentei manter a calma e buscar uma solução, veio o destino, o tempo, Deus ou sei lá o quem e me puxou pelo pé.
E aquele silêncio de novo já ia gritando por aqui, tema recorrente dos meus assuntos, e eu, encolhida, desesperada, apavorada de ficar sozinha com ele...

Agora estou aqui, Dom Quixote, lutando ao vento contra esse silêncio ensurdecedor, que, de novo, não me deixa dormir...

domingo, 2 de novembro de 2008

Desabafo de Clarice...que pode ser um desabafo de todos nós...

Dá vontade de ser uma vaca leiteira e comer durante uma tarde inteira até vir a noite, um fiapo de capim. O fato é que não se é tal vaca, e fica-se olhando para longe como se pudesse vir o navio que salva os naufragos. Será que a gente não tem mais força de suportar a paz?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

para Penelope...agora que a temperatura baixou...

Rua espada nua
Bóia no céu imensa e amarela
Tão redonda lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento um trovador
Cheio de estrelas
Escuta agora a canção
Que eu fiz pra te lembrar...
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado um aprendiz do teu amor
Acorda amor que eu sei
Que em você mora um coração
Vem cá ... me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem me exorciza me dá tua boca
E a rosa louca vem me dar um beijo
E um raio de sol nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo à luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar
...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Saramagando

Um dia acordou e tudo parecia bom, tão tranquilo que nem percebeu que estava com febre. E, como febre assim não aceita desaforo, foi aumentando até ela perder os sentidos. E daí já não sabia o que fora ou é delírio ou realidade.
Febre, além de desaforada e intermitente, sempre tem um ponto. E dessa vez estava disposta, custasse o que custasse, a evidenciar sua tese. Quanto mais se lutava contra ela, mais ela fincava o pé, travando uma batalha quase desumana com sua hospedeira contrariada. E a mensagem era muito simples, me aceite porque vim para ficar. Abra seus poros e sentidos para o que eu vou te mostrar. Não tenha medo de mim porque eu só vim para te mostrar o que a sua teimosia não te deixa ver. Aceite que comigo, e com um monte de coisas, você não pode, e me deixe levar embora, através do seu suor e das suas lágrimas, o que você não precisa mais carregar. Eu vim limpar esse monte de lixo que você foi juntando aí, e tirar essa poeira cega dos seus olhos e essa cera encrustada nos seus ouvidos. Você vai sofrer porque não consegue aceitar, e ainda se sente presa nessa lucidez irreal que você criou. Agora eu só quero que você pare, e escute um pouco o que você chama de delírio e eu chamo de razão.
Eu não vou embora para te deixar no escuro. De novo.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Desequilíbrio

Por que às vezes é tão difícil escutar o que não cansamos de repetir para as outras pessoas? Por que será tão irritante e inaudível o som da nossa própria voz?
Reli meus textos, pensei nas nossas conversas, nos meus conselhos (e chocoalhões), nos que eu amo e nos que insisto em amar sei lá porque.
Quis reler e repetir tudo o que disse para mim mesma, quis ser vocês por uns instantes. Mas minha voz já estava fraca e eu já estava tão cansada de tudo isso...
E o meu mundo agora, rodopiando sem parar. Não de um jeito bom.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Para fazer passinhos...

Funkytown, Lipps Inc.: http://www.youtube.com/watch?v=3BiuttQl0xM

O que posso dizer desse vídeo? É tudo perfeito: música, coreografia, figurino, produção, efeitos. Arrasa!!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Broken Wings

Dizem que aquele que nunca quebrou suas asas, ao menos uma delas, é porque nunca pode voar tão alto.

Ao menos sei que lá de cima vi o horizonte minúsculo do lugar onde tudo é possível. Até mesmo o amor. E talvez esse lugar, ainda que dure um segundo, valha por todas as asas quebradas.
E nem por isso vou desistir de voar.
Até porque eu vi o horizonte e sei que esse lugar existe.

Para todos aqueles que ainda têm muitos céus a cruzar.

Hoje só quero ter saúde.

http://br.youtube.com/watch?v=MkrX0zkaHag

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Vive la Fête

Tinha um pouco de tudo. Japonesa punk anã, rapazinho emo, rastafari, patricinha, mauricinho, bicha louca anã deslumbrada, pessoa com peruca de rafia no ombro, surfistinha, chili beans, japonês moicano, tchutchuca de calça branca de lycra, maluca causando no palco com um som delicioso. E nós. Festando no meio daquela loucura toda. Felizes so por estarmos lá. Por estarmos juntos. Por sermos desse jeito que somos.

Nesse dia nada girou.

Tudo estranhamente no seu devido lugar até depois que o dia raiou.

A melhor festa de todas foi estar com vcs!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Através do espelho

"E, o mais importante de tudo, nunca se esqueça de quem vc é", recomendou por fim a rainha vermelha.
Mesmo que o mundo pareça todo virado, mesmo que a vida se transforme num misterioso jogo de xadrez (ou xadrezes), mesmo que a gente se afaste da nossa própria natureza no meio de uma floresta escura e aparentemente sem saída, há uma luzinha piscando lá dentro, e ela é quem nos conduz de volta ao clarão.
Fiquei pensando se o mais difícil de tudo não seria descobrir quem somos. Cheguei a conclusão de que não é questão de descobrir, mas de reconhecer. Identificar. E o caminho mais curto é o mais óbvio, através dos nossos espelhos, dos amigos e pessoas que escolhemos para levar junto a vida, aqueles que carregam em si, e cada um da sua maneira, e alguns até mesmo de forma invertida, um pedacinho do que somos.
Fica mais fácil não se perder. E não rodopiar demais quando tudo começar a girar.

domingo, 28 de setembro de 2008

De volta...depois de dar um giro pelo mundo...

Há quem diga que a estabilidade é algo ruim...que seria sinônimo de monotonia, marasmo...bom mesmo seria o agito, o balanço, ver o mundo girar e fazê-lo girar...
Nada disso para mim importa...
Para mim, boa é a calmaria, a tranquilidade, bom é saber encontrar o que te espera...Nada de giro...não quero ver o mundo girar, quero vê-lo em paz e tranquilo...quero meus pés no chão...
Quero segurança, aquela do colo firme da minha Vó Elvira, da companhia do amigo André (ou talvez A. Men) numa quinta-feira tumultuada, da voz da amiga Carol (ou talvez Penélope) dizendo que tenho que cuidar do que há de mais precioso neste mundo para mim...EU MESMO!
Se sou feliz, é porque tenho pessoas como Vocês do meu lado, que não fazem meu mundo girar, mas o transformam num lugar muito melhor para EU viver...
E que todos saibam que VOCES estão nele, no mundo que gira, porque com VOCES dentro dele, o mundo que gira é muito melhor para qualquer um viver!!!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Um pouco mais

Fim de domingo, com o coraçao quentinho e cheio de saudades dos meus mosqueteiros.
Esses dias pensei sobre o silêncio, o tempo e as ironias da vida. E pude viver todos eles, silêncio, tumulto, tempo, ironias, de uma vez so. Por alguns momentos eu confiei pouco nos meus sentimentos e ri do destino. No fim o destino riu de mim.
E entao aprendi que so se deve confiar no que existe la no fundo do coraçao. Ainda que todo o resto tente te convencer do contrario.
Ha algumas coisas que eu ainda nao entendo. Talvez precise de mais um pouco de silêncio.

PS. Em breve, o jantar japonês! Separem seus quimonos...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Som

Se hoje eu pudesse falar seria uma musica. Sem letra. Estranha e linda.
Da Coleen.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Silêncio

Quis postar palavras mas estava tudo tao quietinho. E um quietinho bom e tumultuado.
Lembrei do filme "Mulholand Drive", do David Linch, vocês devem conhecer. Ha um pedaço em que a protagonista vai a um teatro, cheio de pessoas mascaradas e fica uma voz dizendo "Silêêêncio, silêêêêncio".
Esse pedaço do filme sempre ficou na minha cabeça. Talvez pelo proprio contrasenso da cena, uma voz gritando "silêncio". Quando fui a Los Angeles, aluguei um carro e percorri toda a Mulholand Drive, talvez a procura do meu silêncio.
Agora sei que o silêncio é fundamental para fazer brotar as palavras. E hoje sou eu aqui gritando "silêêêncio".

domingo, 7 de setembro de 2008

Noite de domingo de feriado!

Domingo de feriado que nem cara de feriado tem...parece triste, mas triste não pode ser.

Dizem que a música anima a alma...e foi isso que aconteceu!

Ao abrir o blog, tive uma grata supresa, de animar a alma. Ouvir esta música me faz lembrar de uma das noites mais memoráveis da minha vida.

Tirado da cama por aquele amigo de tantas e felizes horas (aquele que nasceu no mesmo dia, mês e ano do Anri), quando ainda ouvia a voz do pai dizendo pra ficar em casa numa noite de sábado, me joguei numa pista de dança para assistir, e não foi só eu que presenciou essa noite memorável, o Alexandre dançar essa música, mexendo braços e pernas, e obrigando o DJ (isso só vi neste dia) a repetir a música...

E o domingo de feriado animou a minha alma!

Obrigado Anri por animar a minha alma num domingo de feriado!

Boa semana para todos!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Bossa!

Excelente idéia para o sábado!!! Vamos...depois tomamos um café em algum lugar especial como nós...

Bossa

Dica cultural: exposiçao da bossa-nova na Oca. Tem calçadao de Copacacabana, areia de mar, milhoes de filminhos com salainhas de puff, quartinho do silêncio (que segundo o caetano, "melhor que o silêncio so o joao gilberto")....e depois de tudo, deitar nas poltronas com vista pro mar, ouvindo bossa nova, ate esquecer da vida...
Vale a pena!

Acaba esse fds e é de "gratis".

Todo Sentimento!

Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar e urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.

Mistério

O mistério das cousas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Sempre que olho para as cousas e penso no que os homens pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco numa pedra.

Porque o único sentido oculto das cousas
É elas não terem sentido oculto nenhum,
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os poetas
E os pensamentos de todos os filósofos,
Que as cousas sejam realmente o que parecem ser
E não haja nada que compreender.

Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: — As cousas não têm significação: têm existência.
As cousas são o único sentido oculto das cousas.

Conversa

Ontem conversei serio com Deus.
Noticia boa seguida de noticia muito ruim, e eu achei muito injusto. Com todo mundo, ate comigo. E fiquei triste, muito triste. Para esses momentos eu gosto da palavra "tristissima". Foi assim que fiquei, tristissima.
Ele me respondeu para ter paciência, que Ele nao esta de costas. Citou algumas passagens biblicas para me acalmar. Me garantiu que foi so uma pedra no meio do caminho.
E ouvindo a sua voz, adormeci no colo de Deus.
Acordei com a carta do meu amigo querido. Parafraseando Deus.
E hoje ja ganhei tantos abraços de palavras que nem penso mais naquela pedra no meio do caminho.
Merci, Anri, again!
Merci, Afonso, por me lembrar que nao se deve reprimir sentimentos, por mais tristissimos que sejam.
A.Man, saudades.
Ja volto!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Everything in Pe

As you might have noticed, Alanis is like Wagner for me. So, about "Coisas de Penélope que adoramos", in one word it would be EVERYTHING http://www.youtube.com/watch?v=Oao58LsKn64 Good night everyone!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

mais um pouco...

...abraço de amigo, de amiga. Conversa inteligente acompanhada de aromas e sabores orientais. Sem deixar de lado, o gostinho brasileiro de viver. Alegria, saudade e vontade de ficar quietinho. Badalação, lembrança. Talvez pudesse ter sido melhor. Mas foi o que eu tive...E por isso foi bom...

Findi

Teve carinho de amigo. Abraço de irma. Café de bule. Bolo de chocolate. Conselho de pai. Amor de Basilio. Porre de Sakê. Boas noticias. Sorrisos. Choro de alegria. Acerto de contas. Alivio. Passeio na chuva. Respiro.

domingo, 31 de agosto de 2008

Onde estão os escritores???

"Nem tudo o que eu escrevo resulta numa realização, resulta mais numa tentativa. O que também é um prazer. Pois nem tudo eu quero pegar. Às vezes quero apenas tocar. Depois o que toco às vezes floresce e os outros podem pegar com as duas mãos"

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Apertem os cintos, o escritor sumiu

A.Men, quero meu autógrafo!

Poema para Pe

Cântico negro (José Régio)


“Vem por aqui” – dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: “vem por aqui”!
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha Mãe.

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
Por que me repetis: “vem por aqui”?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas, e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!

Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cântico nos lábios...

Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: “vem por aqui”!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Insone

Cabeça explodindo. Ja contei carneirinhos, montei menus, li e-mails, vi desperates housewives pela quinquagésima vez, tomei remedio pra dormir, pus cheirinho no lençol e nada. Cedo corri no parque, fiz mil coisas o resto do dia, antes de tomar banho pra nao ter sono.
Perdi o lançamento do A.Men pq as sete da noite nao conseguia me mexer (eu ainda posso ganhar autografo de glitter?)
A unica hora boa do dia se foi. Para completar essa semana surreal.
E o duro é que a minha cabeça doi taaanto que nao consigo nem ler e nem escrever, ou seja...F!
Enfin, amanha vai ser outro dia, se é que esse dia vai chegar...
bjs aos meus amores, sorry pelo desabafo, amanhas, seja la qdo for, vou estar beeem melhor!
Ela voltou!!!! Me preocupava o sumiço da mais bela e formosa mulher do planeta...meus compromissos familiares foram adiados...meu sábado está livre novamente...vamos agitar o comes e bebes (sempre mais "bebes" que "comes") para o sábado...beijo estalado e abraço apertado!

Pause

Meu relogio parou ha dois dias. Vida urgente, vide sem importância, atropelando o dia, celular desligado pra tentar fugir do mundo, afogada nas cartas de clarice e henry, visita da tia, corrida no parque e assim vai.
Praticamente evaporei. Recadinhos de Afonso recebidos dias depois, nao sem emoçao e culpa por estar off ontem.
Preparando mais coisas pra nossa casinha, quem sabe fondue no sabado (ou nao, rs).
To aqui! Torcendo pelo sucesso do Andre, equilibrando as coisas inuteis, pensando no Afonso e Anrri, enfim, to e nao to por aqui!
Ja volto, ta?
Lovelovelove, xoxoxoxoxoxoxo
cadê Penelope?

To get up!

http://www.youtube.com/watch?v=4lFXy5bIiSA

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Relax A.Men

A.Men, um videozinho para você relaxar às vésperas do livro: http://www.youtube.com/watch?v=MROVvcmSyeI (sei que a Pe me apoia nesta escolha), à tarde passo pra pegar um autógrafo

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

És um senhor tão bonito, quanto a cara do meu filho...tempo, tempo, tempo, tempo....Vou te fazer um pedido...tempo, tempo, tempo, tempo...Compositor de destinos, tambor de todos os rítmos...tempo tempo tempo tempo...Entro num acordo contigo...tempo tempo tempo tempo... (Divino Caetano)
Maldito e bondoso tempo que nos faz esperar... (Alguém querendo ver o tempo passar...)
Porque amar, eu posso até morrer... (Divina Clarice)
E não há tempo que impeça de esperar para amar... (Alguém querendo ver chegar o tempo de amar...)

Sobre a urgência das coisas

Ha coisas que se denominam "urgentes" so para serem alguma coisa. Senao, de tao banais, nao existiriam. Uma coisa que nao pode ser nada acaba sempre sendo "urgente".
Urgente mesmo deveria ser o amor. A palavra. Um carinho. O sorriso. O momento que o ar nos enche os pulmoes.
Cantar no chuveiro deveria ser urgente. Urgente e importante.
Essencial.

Bonjour, Anri!

Acordei com três livros no pe da cama. Dois de cartas. Antes do cafe devorei três cartas. E quis escrever mais varias. Nao podia falar, precisava escrever. Achei mais proprio. E tudo isso era antes do cafe.
E tinha tanta carta que achei que algumas eram minhas. E outras tuas. Acho que poderiam ter sido. E nem tinha ainda tomado cafe e você tinha me mandado aquele monte de cartas e eu mal consigo te escrever uma agora. Nao sei como agradecer.
Estou tao absorvida pelas cartas e historias e tao mergulhada na minha cabeça que penso que estou em alguma Seminarstrasse solitaria de Berna. Escrevendo n'importe quoi e lendo sem parar para nao ter que pensar.
Tudo isso antes do cafe!
E como agora eu queria um cafe de bule. E uma corrida no parque. E uma conversa no chao de algum lugar. E um papo cabeça com Deus (to adiando sem parar).
Entretanto o dia é cruel e bate na porta. A urgência das coisas que nao têm sentido atropela a manha. A vida da responsabilidade dos outros nao nos deixa dormir. Ou correr. Ou tomar cafe no chao da cozinha.
Fico esperando a noite chegar. Agora tenho a companhia de mais três livros. E do meu amigo atras deles. E das suas cartas dentro deles.
Tao bom saber que você ta ai do outro lado. E que, nao importa quao dificil seja esse dia, ou todos os dias, que sempre vai ter a noite, as cartas, os chaos dos lugares, e aquele cafezinho passado no bule...ate chegar a hora do cafe da manha.
Que bom que te achei de novo, querido amigo. E que consigo te achar todos os dias, em livros, pensamentos, na nossa pagina, wherever.
para começar a semana com muito amor...
...porque amar é humano...
"Sou tão misteriosa que não me entendo. Não, positivamente não me entendo. Bem, mas o fato é que mesmo não me entendendo, vou lentamente me encaminhando - e também para o quê, não sei. De um modo geral, para mais amor por tudo... Sinto que encaminho para o mais humano"

domingo, 24 de agosto de 2008

Alfabetização virtual

duro ser mirim em blog, estou penando...

mais um som legal para encerrar o finde e enfrentar a semana pela frente:

http://www.youtube.com/watch?v=Oml-yV2dqes

Last and all other nights

Tinha gosto de cafe passado no bule. De brigadeiro com confidências no chao de algum lugar. De cigarro no sofa. De abraço com musica. De vinho e cosmopolitan.
Tinha gosto de alegria familiar.
De casa.

Bester Film 2008

http://www.kirschblueten-film.de/

Frase

"Acho foda esse pessoal que..." com o tom e o jeitinho de falar que só a Pe tem

Listening...

Architecture In Helsinki - Do The Whirlwind and Heart It Races.

http://www.youtube.com/watch?v=sZjpWs1h7pU

http://www.youtube.com/watch?v=AGSdRGhd3uo
"Ninguém vive uma paixão impunimente"

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

bulhufas

Para alivio dos impulsos insuportaveis.

E porque a gente tinha que começar em algum lugar.