Outro dia estava lendo uma carta que uma menininha de 8 anos mandou para o The Sun, há mais de 100 anos. Ela perguntava aos editores do jornal se era verdade que o Papai Noel existe. Segundo essa menina, os amigos dela da escola começaram a falar que o Papai Noel era uma farsa e que o pai dela a orientou a pesquisar no jornal, porque "se o The Sun escrever é porque é verdade".
O editor do jornal respondeu a carta e o jornal a publicou todos os anos, até o jornal fechar. Na resposta dizia que quem não acredita em Papai Noel é porque se deixou levar pelo ceticismo e pelas coisas feias do mundo. Que ele existe em cada sorriso de cada pessoa, em cada abraço carinhoso, em cada palavra de amor. E que não é porque a gente não o vê que ele não está lá.
Fiquei pensando o que eu queria para esse Natal. Acho que queria recuperar essa crença no mundo mágico e bonito, onde, pelo menos uma vez no ano, a gente se abraça e deixa os problemas e diferenças de lado. Onde a gente sorri só por sorrir, só por estar junto.
Quando eu era criança minha avó contratava um Paipai Noel que se chamava Oba Oba para ir na noite de Natal distribuir os presentes. Aquele momento da chegada do Oba Oba sempre foi para nós um momento mágico. Depois a gente cresceu, minha avó morreu, o Oba Oba morreu, e nós nunca mais tivemos um Natal mágico como aqueles.
Esse ano eu queria recuperar o espírito do Natal que todo ano entrava em casa, pontualmete as nove da noite do dia 24 de dezembro. E queria acreditar, de novo, que tem muita coisa linda nesse mundo, por que vale a pena sorrir e ser feliz.
Espero que nesse ano o Oba Oba passe na casa dos meus mosqueteiros.