sábado, 25 de abril de 2009

Natural

Sobre papeis and the real thing.


http://www.youtube.com/watch?v=9wHl9qRsMzw

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Coelhinho

Coelhinho da Pascoa que trazes pra mim?
Um ovo, dois ovos, três ovos assim

Coelhinho da Pascoa, que cor eles têm?
azul, amarelo e vermelho também.

Coelhinho me trouxe três lindos mosqueteiros. Que trazem todas as cores para minha vida todos os dias.

Meciiii coelhinho!!!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um pouco de jogação...

Suspicious Minds versão Miss Kittin & The Hacker:
http://www.youtube.com/watch?v=TwRNipX_JIc

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Alguma coisa

"Há alguma coisa não-acontecendo que me apavora".(*)
Foi assim que começou o meu dia. Talvez com a melhor descrição do que tem se passado, do meu pânico, do tédio, dessa coisa besta que virou a vida nos últimos tempos. Um mal estar que não diz e não quer nada. Aquele mesmo mal estar de se desejar sem nem mesmo saber o que, como nos lindos versos da Florbela. E ainda acrescentaria o desejar sem ao menos saber que se deseja, pq a impressão que tenho é a de que na falta de uma idéia do que desejar, acaba-se por nada desejar, o que é ainda mais grave.
De fato há alguma que incomoda. Alguma coisa que não acontece. Algo de vazio.
Às vezes acho que é por causa do tempo que não passa. Das estações que não mudam. Desse calor maldito que não vai embora. Das chuvas que prometem mas não caem.
E que talvez tudo isso mude qdo o frio chegar. E algumas folhas mortas há tanto tempo comecem a cair.
Tenho a impressão que essa angústia toda vem da iminência do não-acontecer. Numa roda heidelgeriana de não-ser ou não-ser-com (ou não-ser-com-no-mundo). Como se o nada pudesse existir na medida não só de não-ser como de não-acontecer. E como se eu estivesse presa entre o mundo das coisas que são, o das que não são e o das que não existem, e por isso nunca vão-ser. E que essa prisão insana estivesse na iminência de acabar. E nunca acabasse. Deve ter ficado mais confuso mas é isso.

Hoje me sinto como as nuvens carregadas da chuva que não cai. Ou do frio que não chega. Queria arrancar a alma da carcaça e ficar assim, vazia de vazio.

Não que eu goste da carcaça, mas tenho gostado ainda menos da minha alma.

Voltei para casa, no rádio Biquine Cavadão, "será que o tempo sempre disfarça? Quem sabe um dia isso tudo passa..."

(*) Arnaldo Jabor, Caderno 2, OESP, 31.03