quinta-feira, 30 de outubro de 2008

para Penelope...agora que a temperatura baixou...

Rua espada nua
Bóia no céu imensa e amarela
Tão redonda lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento um trovador
Cheio de estrelas
Escuta agora a canção
Que eu fiz pra te lembrar...
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado um aprendiz do teu amor
Acorda amor que eu sei
Que em você mora um coração
Vem cá ... me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem me exorciza me dá tua boca
E a rosa louca vem me dar um beijo
E um raio de sol nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo à luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar
...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Saramagando

Um dia acordou e tudo parecia bom, tão tranquilo que nem percebeu que estava com febre. E, como febre assim não aceita desaforo, foi aumentando até ela perder os sentidos. E daí já não sabia o que fora ou é delírio ou realidade.
Febre, além de desaforada e intermitente, sempre tem um ponto. E dessa vez estava disposta, custasse o que custasse, a evidenciar sua tese. Quanto mais se lutava contra ela, mais ela fincava o pé, travando uma batalha quase desumana com sua hospedeira contrariada. E a mensagem era muito simples, me aceite porque vim para ficar. Abra seus poros e sentidos para o que eu vou te mostrar. Não tenha medo de mim porque eu só vim para te mostrar o que a sua teimosia não te deixa ver. Aceite que comigo, e com um monte de coisas, você não pode, e me deixe levar embora, através do seu suor e das suas lágrimas, o que você não precisa mais carregar. Eu vim limpar esse monte de lixo que você foi juntando aí, e tirar essa poeira cega dos seus olhos e essa cera encrustada nos seus ouvidos. Você vai sofrer porque não consegue aceitar, e ainda se sente presa nessa lucidez irreal que você criou. Agora eu só quero que você pare, e escute um pouco o que você chama de delírio e eu chamo de razão.
Eu não vou embora para te deixar no escuro. De novo.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Desequilíbrio

Por que às vezes é tão difícil escutar o que não cansamos de repetir para as outras pessoas? Por que será tão irritante e inaudível o som da nossa própria voz?
Reli meus textos, pensei nas nossas conversas, nos meus conselhos (e chocoalhões), nos que eu amo e nos que insisto em amar sei lá porque.
Quis reler e repetir tudo o que disse para mim mesma, quis ser vocês por uns instantes. Mas minha voz já estava fraca e eu já estava tão cansada de tudo isso...
E o meu mundo agora, rodopiando sem parar. Não de um jeito bom.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Para fazer passinhos...

Funkytown, Lipps Inc.: http://www.youtube.com/watch?v=3BiuttQl0xM

O que posso dizer desse vídeo? É tudo perfeito: música, coreografia, figurino, produção, efeitos. Arrasa!!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Broken Wings

Dizem que aquele que nunca quebrou suas asas, ao menos uma delas, é porque nunca pode voar tão alto.

Ao menos sei que lá de cima vi o horizonte minúsculo do lugar onde tudo é possível. Até mesmo o amor. E talvez esse lugar, ainda que dure um segundo, valha por todas as asas quebradas.
E nem por isso vou desistir de voar.
Até porque eu vi o horizonte e sei que esse lugar existe.

Para todos aqueles que ainda têm muitos céus a cruzar.

Hoje só quero ter saúde.

http://br.youtube.com/watch?v=MkrX0zkaHag

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Vive la Fête

Tinha um pouco de tudo. Japonesa punk anã, rapazinho emo, rastafari, patricinha, mauricinho, bicha louca anã deslumbrada, pessoa com peruca de rafia no ombro, surfistinha, chili beans, japonês moicano, tchutchuca de calça branca de lycra, maluca causando no palco com um som delicioso. E nós. Festando no meio daquela loucura toda. Felizes so por estarmos lá. Por estarmos juntos. Por sermos desse jeito que somos.

Nesse dia nada girou.

Tudo estranhamente no seu devido lugar até depois que o dia raiou.

A melhor festa de todas foi estar com vcs!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Através do espelho

"E, o mais importante de tudo, nunca se esqueça de quem vc é", recomendou por fim a rainha vermelha.
Mesmo que o mundo pareça todo virado, mesmo que a vida se transforme num misterioso jogo de xadrez (ou xadrezes), mesmo que a gente se afaste da nossa própria natureza no meio de uma floresta escura e aparentemente sem saída, há uma luzinha piscando lá dentro, e ela é quem nos conduz de volta ao clarão.
Fiquei pensando se o mais difícil de tudo não seria descobrir quem somos. Cheguei a conclusão de que não é questão de descobrir, mas de reconhecer. Identificar. E o caminho mais curto é o mais óbvio, através dos nossos espelhos, dos amigos e pessoas que escolhemos para levar junto a vida, aqueles que carregam em si, e cada um da sua maneira, e alguns até mesmo de forma invertida, um pedacinho do que somos.
Fica mais fácil não se perder. E não rodopiar demais quando tudo começar a girar.