terça-feira, 2 de junho de 2009

Ja faz tempo que se faz ausência. E uma ausência vazia, sem sentido e sem sentimento.
E já faz tempo que não se consegue contar o tempo. E não dá tempo de contar nada.

Tem-se tempo só para chorar. Por qualquer motivo. Até pelos que não são. E o estômago reclama. O coração murcha. A gente fica mais feio. Mais triste. Mais sozinho.

Mais exposto aos vendavais. E às garoas. Vulneráveis aos sabores (e quantos dissabores!). E na medida do possível a gente tenta se agarrar às coisas que sempre estarão lá. Eu hoje vim para cá. Porque queria parar esse vazio.

E porque estou aterrorizada. Todo o dia. Todos os dias. E todo o tempo que não consigo mais contar. E todos os gritos que me faltam voz.

Como se houvera alguma coisa mais urgente.

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